sábado, 19 de fevereiro de 2011

bons livros..... (2)


Para uma boa leitura:
Capitães de Areia.
Jorge Amado.
Uma das mais importantes obras do autor baiano, publicado em 1937 conta a história de um grupo de meninos de rua de Salvador.
O título e uma expressão conhecida na capital baiana para apontar os menores infratores que perambulavam pelas ruas da cidade.
O livro é divido em 10 capítulos ( ou melhor 3 partes) e mostra a infância, a adolescência e a vida adulta de grupo de menores.


Principais personagens:

João Grande: Negro, mais alto e mais forte do bando. Cabelo crespo e baixo , músculos rígidos, tem 13 anos. Seu pai, um carroceiro gigantesco , morreu atropelado por um caminhão, quando tentava desviar o cavalo para um lado da rua. Após a morte de seu pai, João Grande não voltou mais ao morro onde morava, pois estava atraído pela cidade da Báhia. Cidade essa que era negra, religiosa , quase tão misteriosa como o verde mar. Com nove anos entrou no Capitães da areia. Época em que o Caboclo ainda era o chefe. Cedo, se fez um dos chefes do grupo e nunca deixou de ser convidado para as reuniões que os maiorais faziam para organizar os furtos. Ele não era chamado para as reuniões porque ele era inteligente e sabia planejar os furtos, mas porque ele era temido, devido a sua força muscular. Se fosse para pensar, até lhe doía a cabeça e os olhos ardiam. Os olhos ardiam também quando viam alguém machucando menores.Então seus músculos ficavam duros e ele estava disposto a qualquer briga. Ele era uma pessoa boa e forte , por isso, quando chegavam pequeninos cheios de receio para o grupo, ele era escolhido o protetor deles. O chefe dos capitães da areia era amigo de João Grande não por sua força, mas porque Pedro o achava muito bom, até melhor que eles. João Grande aprende capoeira com o Querido-de-Deus junto com Pedro Bala e Gato. João Grande tem um grande pé, fuma e bebe cachaça. João Grande não sabe ler. João Grande ,era chamado de Grande pelo professor, admirava o professor. O professor achava João Grande um negro macho de verdade.

Dora: Morreu de uma febre muito forte, depois de se tornar esposa de Pedro Bala*. Morreu como uma santa, pois havia sido boa. *Para ele, virara uma estrela.

Sem-Pernas: Morrera, se jogando de um penhasco (elevador), depois de muito correr fugindo da polícia após um roubo. Ele preferira morrer do que se entregar.

Professor: Com seu dom de pintar, fora ao "Rio de Janeiro" tentar sucesso. Lá com os quadros dos Capitães da Areia ficou famoso.

Boa-Vida: Era mais um malandro da cidade, que fazia sambas e cantava pelas ruas, nas calçadas, nos bares, a "vagabundar".

Querido-de-Deus: Ensinava os meninos a lutar capoeira. Todos no trapiche o admiravam. Era pescador.

Dalva: Era uma mulher de uns trinta e cinco anos, o corpo forte, rosto cheio de sensualidade. O Gato a desejou imediatamente.

Pirulito: Garoto magro e muito alto, olhos encovados e fundos. Tinha Hábito de rezar.

Volta-Seca: Mulato sertanejo. Viera da caatinga. tinha como ídolo o cangaceiro Lampião.

O Gato: Candidato a malandro do bando, era elegante, gostando de se vestir bem. Tinha um caso com a prostituta, Dalva, que lhe dava dinheiro, por isso, muitas vezes, não dormia no trapiche. Só aparecia ao amanhecer, quando saía com os outros, para as aventuras do dia.

João-de-Adão: Estivador, negro fortíssimo e antigo grevista, era igualmente temido e amado em toda a estiva. Através dele, Pedro Bala soube de seu pai.

Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção, mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transformam em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.
Ps: apesar de ter sido escrito nos anos trinta é um livro bastante atual que mostra os problemas sociais e luta pela sobrevivência nas ruas das grandes metrópoles brasileiras.
Uma discussão muito atual.
Boa leitura!

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